#59 O estresse bloqueia o pensamento futuro

Todos nós sonhamos e fazemos planos, seja para o jantar desta noite ou para nossa carreira...

6/11/20245 min ler

Após as últimas histórias sobre "Neutralidade de Gênero no Metaverso", "Arte Mental", "Coparentalidade" e "Desperdício de Alimentos", é hora de mais uma REFLEXÃO FUTURA.

Na última vez, abordamos a "Neutralidade no Pensamento Futuro". Desta vez, o tema vai direto ao ponto: todos podem lidar com o pensamento futuro?

Vamos começar...

Todos nós sonhamos e fazemos planos, seja para o jantar desta noite ou para nossa carreira em dez anos.

Mas, sejamos honestos: quão bem podemos realmente prever o inesperado?

O fato é que explorar o futuro exige um certo grau de resiliência mental e biológica.

Nossa biologia humana às vezes pode nos atrapalhar. O cortisol, um hormônio vital, desempenha um papel central nisso. Quando lidamos com o novo, o incerto e o incontrolável, nosso corpo reage com estresse.

A consequência? Um nível elevado de cortisol prejudica nossas funções cognitivas.

Pesquisas de Schacter e Buckner sugerem que nossa capacidade de imaginar o futuro está intimamente ligada à nossa memória do passado.

Eles propõem uma "hipótese de simulação episódica construtiva", na qual as mesmas regiões do cérebro que nos permitem lembrar de eventos passados também são ativadas quando imaginamos cenários futuros.

Isso significa que nossas memórias podem agir como um filtro através do qual interpretamos o futuro, criando uma ilusão de previsibilidade.

Finalmente, percebemos tudo filtrado graças aos vieses mentais. Esses vieses, desde o viés do otimismo até o viés de confirmação, distorcem nossas decisões.

Vejamos um exemplo, o viés do presente: priorizamos a recompensa imediata em detrimento dos benefícios a longo prazo. Isso também é muito dominante em nosso ambiente de trabalho: todos os KPIs, OKRs, planejamento de sprint e bônus não ajudam a escapar disso.

O foco no presente nas empresas prejudica seriamente sua capacidade de inovação. Um relatório recente do Boston Consulting Group (BCG) mostra que a eficiência e o aumento da produção são priorizados em detrimento da estratégia. Ao mesmo tempo, a disposição para inovar caiu de 20% em 2022 para 3% em 2024.

O que podemos mudar?

A pressão constante sobre uma pessoa na empresa para lidar com o dia a dia e, ao mesmo tempo, explorar o futuro de forma neutra, não apenas aumenta o nível de cortisol, mas também leva à exaustão mental. Para estarmos mais bem preparados e minimizar os riscos, precisamos de mais pessoas nas empresas que se concentrem explicitamente no futuro.

Em segundo lugar: precisamos estar atentos ao aqui e agora para podermos pensar efetivamente sobre o futuro. Mindfulness, meditação, ioga e tempo na natureza podem ajudar a reduzir os níveis de cortisol e melhorar nossas funções cognitivas.

Por fim, precisamos aceitar que não podemos controlar o futuro. Isso só gera estresse e é simplesmente impossível; podemos apenas explorar as opções possíveis e mantê-las em mente.

Em resumo: 🧘‍♀️ Respire fundo e você poderá pensar com mais clareza sobre o futuro.